segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O Novo vírus HIV tipo 2 cepa L

  Hoje iremos te mostrar o novo vírus HIV tipo 2.


  Pela primeira vez já tendo se passado 20 anos os cientistas descobriram um novo subtipo do vírus HIV. O organismo foi chamado de "cepa L" e pertence a um dos quatro grupos do vírus, o grupo M, que é responsável pela maior parte dos casos de Aids no mundo, segundo a Revista Brasileira de Análises Clínicas.

  Foi escrito um artigo sobre o assunto e também publicado no periódico científico Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes (JAIDS) nesta quarta-feira (6), mas as suspeitas da existência desse subtipo já existiam. O vírus precisava ser identificado em três pessoas diferentes para ser classificado como um novo tipo, o que não havia ocorrido até agora já que antes não tinha tecnologia suficiente para fazer os testes.

Segundo os especialistas, nos anos 80 e 90 o subtipo foi identificado em duas pessoas diferentes na República Democrática do Congo e, em 2001, outro caso foi encontrado. Mas, como a tecnologia de sequenciamento genético à época não era desenvolvida o bastante, as informações obtidas não bastavam para que os cientistas tivessem certeza de que todas as cepas encontradas faziam parte do mesmo grupo.
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Felizmente, os métodos tecnológicos evoluíram e, com eles, a engenharia genética: foi por meio do sequenciamento do DNA desses vírus que o grupo de especialistas concluiu que estava lidando com um novo subtipo do microrganismo. "Identificar novos vírus como esse é como procurar uma agulha no palheiro", disse Mary Rodgers, uma das autoras do estudo, em comunicado. "Ao avançar nossas técnicas e usar a nova geração de tecnologia de sequenciamento, puxamos essa agulha com um ímã."

Faz sentido: graças à tecnologia, os cientistas podem estudar genomas inteiros de forma rápida e economicamente viável, o que ajuda a criar métodos preventivos contra o HIV – que hoje afeta 38 milhões de pessoas, segundo o Global Health Observatory. "Essa descoberta científica pode nos ajudar a garantir que estamos evitando novas pandemias", afirmou Rodgers.

 

  A bióloga Mary Rodgers, da Abbott e uma das responsáveis pela pesquisa, informou em entrevista para a VEJA que esse estudo tem o objetivo de diminuir as pandemias de Aids pelo mundo e monitorar o vírus: “Graças aos esforços da comunidade global da área da saúde nas últimas décadas, a meta de acabar com a pandemia de HIV está se tornando atingível”.

 
  Para o site TheStar, Rodgers informou que esse é apenas o início do avanço no tratamento: “Encontrar essa nova cepa é apenas o começo. Compartilhando a sequência com a comunidade científica em geral, agora outros cientistas poderão avaliar como essa cepa é diferente das outras em termos de tratamento e também para o desenvolvimento de diagnósticos ou testes que possam detectá-lo.”

  Não se sabe ainda quais os efeitos desse novo vírus, nem se as formas de contrair ainda são os mesmos. 

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