quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Filme sobre a filha de Moro terá continuação diz o diretor do curta metragem.

  O diretor Alexandre Lydia diz que investigação ordenada pelo ministro da Justiça o motivou a transformar o curta-metragem 'Operação Lula Livre' em uma série

 

O diretor Alexandre Barata Lydia recebeu ameaças de morte e se tornou alvo de inquérito da polícia federal após produzir um curta-metragem de ficção em que retratava o sequestro da filha do ministro da Justiça e ex juiz Sergio Moro em troca da liberdade do ex-presidente Lula; Agora, com um advogado contratado, Lydia diz que a polêmica em torno do filme o inspirou a trabalhar em uma sequência. Ele planeja filmar um segundo curta-metragem em outubro para divulgá-lo em 15 de novembro, dia da Proclamação da República.
O primeiro curta-metragem, com o nome Operação Lula livre contava a história de um casal de guerrilheiros que sequestra a filha do ministro “Célio Mauro” para exigir a liberdade do ex-presidente “Luiz Jararaca da Silva”. Moro tem um casal de filhos adolescentes. À PF, ele solicitou uma investigação para apurar se Lydia praticou ameaça e apologia ao crime.
 
 
 Após a abertura do inquérito, Lydia afirmou a revista VEJA que estava “apavorado” com a devassa que a PF poderia fazer em sua vida. Vinte dias após a primeira conversa, o diretor disse que não recebeu nenhum contato oficial dos investigadores.
 
 Lydia está sendo defendido pelo advogado Reinaldo Santos de Almeida. Ele estuda quais medidas tomará contra pessoas que enviaram ameaças a sua família em redes sociais. Em uma das mensagens, um homem chega a citar os nomes dos três filhos de Lydia. “Vamos fazer um filme com eles também, só que será bem real. Comédia é o que vai acontecer com os seus filhos”, diz o texto. O diretor afirma que alterou o número de seus telefones após receber ligações ameaçadoras.
A exposição na internet fez com que a atriz Paula Muricy, que interpretou a filha de Moro no curta-metragem, desistisse de participar da sequência do filme. Ela será substituída por Carol Marques. Já os atores que fizeram o papel dos guerrilheiros estarão mais uma vez na produção, dessa vez como o ex-juiz Moro e sua mulher. Uma pena que vão trocar a atriz que interpretava a filha de Moro, pois geralmente é sempre bom manter os mesmos atores.


O próximo filme de Lydia mostrará a filha de Moro retornando para casa após o sequestro. O roteiro é inspirado na teoria da conspiração que coloca o ex-juiz como um agente da CIA (o serviço secreto dos EUA) que tinha a missão de interferir na eleição brasileira ao prender o ex-presidente Lula. Ao descobrir a trama, a filha de Moro denuncia o próprio pai à imprensa e adere à campanha pela liberdade do petista.
“Eles não têm nada legal contra mim a partir do filme. Se queriam me intimidar, conseguiram o efeito contrário”, disse Lydia, que promete trabalhar nos roteiros de mais dois curtas-metragens de temática crítica ao governo Bolsonaro.
O diretor havia retirado o curta-metragem do YouTube, mas decidiu publicá-lo novamente após se consultar com seu advogado. O filme tem mais de 220 mil visualizações, com 1,5 mil reações positivas e 20 mil manifestações negativas. Segundo a descrição do vídeo, a produção ridiculariza e repudia a luta armada.
Procurada, a PF informou que “não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento”. O Ministério da Justiça não respondeu aos questionamentos.

  Realmente o filme é só um roteiro de ficção e não tem nada real ou apologia a nenhum tipo de ato. Isso seria censura proibir o filme de curta metragem com uma ficção no roteiro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário