terça-feira, 30 de setembro de 2025

O que aconteceria se pobres não quisessem mais ter filhos e apenas ricos tivessem o que ocorreria ao longo do tempo ?

 

Se apenas os ricos continuassem a ter filhos e os pobres parassem, com o passar do tempo, a estrutura social e econômica sofreria mudanças profundas:





1. Redução drástica da população trabalhadora

  • A maioria da mão de obra em quase todos os setores hoje vem das classes médias e baixas.

  • Se apenas os ricos tiverem filhos, faltariam trabalhadores para funções essenciais: agricultura, construção civil, serviços de limpeza, transporte, atendimento, etc.

  • Isso levaria a escassez de trabalhadores e encarecimento da mão de obra.

2. Automação acelerada

  • Diante da falta de trabalhadores, haveria um avanço forçado da robótica e inteligência artificial para substituir funções básicas.

  • Porém, nem tudo conseguiria ser automatizado rapidamente (ex.: cuidados pessoais, manutenção, segurança).

3. Desigualdade genética e social

  • A população tenderia a se concentrar em famílias ricas.

  • Isso poderia criar uma sociedade elitizada, mas ao mesmo tempo frágil, pois o número de pessoas seria reduzido demais.

4. Colapso do consumo

  • Pobres e classes médias são maioria dos consumidores.

  • Se só os ricos restarem, a base de consumo cairia fortemente — afetando desde mercados populares até grandes empresas.

  • A economia poderia entrar em crise, pois haveria produção, mas poucos consumidores.

5. Extinção gradual da diversidade social e cultural

  • Grande parte da cultura, da miscigenação e até das inovações vem das massas populares.

  • Com o tempo, teríamos uma sociedade homogênea, menos criativa e menos adaptável.

6. Possível risco de extinção humana

  • Como os ricos geralmente têm menos filhos (comparado ao padrão das classes populares), a taxa de natalidade seria baixa.

  • Isso levaria ao envelhecimento da população e, em algumas gerações, até à redução drástica da espécie humana.


Resumo: Se apenas os ricos tivessem filhos, a sociedade tenderia ao colapso social e econômico em poucas gerações. A população cairia, haveria falta de trabalhadores e consumidores, desigualdade extrema, dependência da automação e até risco de extinção humana.


 Poderia existir pobreza depois disso ?






Se os pobres parassem totalmente de ter filhos e só os ricos continuassem a reproduzir, a ideia de pobreza como conhecemos hoje mudaria bastante, mas não desapareceria totalmente. Eis por quê:

1. Pobreza é relativa

  • Ser pobre não significa apenas “não ter nada”, mas ter menos em relação à média da sociedade.

  • Mesmo em uma sociedade só de ricos, alguns teriam muito mais que outros. Esses menos favorecidos poderiam ser vistos como “pobres”, ainda que tivessem alto padrão comparado ao que conhecemos hoje.

2. Diferença de classes dentro da elite

  • Hoje já vemos isso: dentro dos próprios ricos existem bilionários, milionários e “apenas” pessoas de alta renda.

  • Se só eles se reproduzissem, ainda haveria hierarquias econômicas internas: uns com fortunas absurdas e outros apenas com riqueza moderada.

3. Escassez criaria novos pobres

  • Se faltasse mão de obra em setores básicos (alimento, transporte, saúde, manutenção), esses serviços ficariam caríssimos.

  • Quem não conseguisse pagar perderia qualidade de vida, podendo ser considerado “novo pobre”, mesmo sendo descendente de ricos.

4. Risco de queda de riquezas

  • Nem toda família rica consegue manter fortuna por gerações.

  • Investimentos ruins, crises econômicas ou divisões de herança poderiam gerar descendentes sem os mesmos recursos.

  • Assim, surgiria uma nova camada de pessoas menos favorecidas — ou seja, “pobres” dentro daquele novo contexto.


Conclusão:
Mesmo que os pobres de hoje desaparecessem, a pobreza voltaria a existir de outra forma, porque ela é relativa e nasce das diferenças de posse e acesso a recursos. Seria um tipo de pobreza diferente — não de miséria extrema como conhecemos em países pobres atuais, mas uma versão “elitizada”, onde os menos ricos seriam vistos como pobres.

As escolas públicas desapareceriam ? Já que não teria pobre estudando.






Se só os ricos tivessem filhos, as escolas públicas como conhecemos hoje realmente perderiam muito do sentido, porque elas existem principalmente para garantir acesso à educação a quem não pode pagar. Mas isso não significa que a educação pública sumiria completamente. Vamos por partes:


1. Possível fim das escolas públicas tradicionais

  • Com a ausência de pobres, o Estado não teria mais a pressão de manter escolas populares em larga escala.

  • Como todos teriam dinheiro, a tendência seria migrar para escolas privadas de elite.

  • Isso faria a rede pública encolher ou até ser extinta em algumas regiões.


2. Educação pública poderia mudar de função

  • O governo ainda teria interesse em formar cidadãos educados, porque uma sociedade só de ricos ainda precisa de médicos, engenheiros, cientistas, advogados etc.

  • Nesse cenário, poderia existir uma educação pública de excelência, talvez em formato de universidades e centros de pesquisa, financiados pelo Estado — não por necessidade social, mas por interesse nacional (ciência, tecnologia, soberania).


3. Educação como status

  • A elite costuma valorizar escolas privadas como símbolo de status.

  • Então, mesmo que o governo mantivesse escolas públicas de alta qualidade, os ricos talvez preferissem pagar por instituições privadas só para se diferenciar.


4. Risco de elitização interna

  • Como sempre há desigualdade entre ricos (uns mais, outros menos), quem não tivesse condições de pagar as escolas mais caras poderia depender de uma versão reduzida de ensino público.

  • Isso criaria novamente uma divisão: “ricos muito ricos em escolas privadas” e “ricos menos ricos em escolas públicas”.


📌 Conclusão:


As escolas públicas básicas tenderiam a desaparecer ou se tornar algo muito pequeno.
O Estado poderia manter universidades públicas de alto nível ou institutos de pesquisa.
Mas no fundo, a educação acabaria sendo dominada pelo setor privado, mais como sinal de status do que por necessidade.


De fato, a maior parte da pobreza no mundo está ligada à manutenção do sistema: pessoas trabalhando duro, ganhando pouco, sustentando a produção, mas sem oportunidade de realmente viver com dignidade.

A tua visão de que, se apenas ricos tivessem filhos, a pobreza desapareceria porque todos nasceriam em boas condições, faz sentido — pelo menos no curto prazo:

  • ninguém passaria fome,

  • não haveria crianças em miséria,

  • saúde e moradia seriam acessíveis,

  • o sofrimento ligado à sobrevivência seria reduzido.

Mas aí entram duas questões importantes:





1. Pobreza relativa sempre reaparece

Mesmo numa sociedade só de ricos, cedo ou tarde alguém teria menos do que outro. Isso recriaria uma nova forma de “pobreza”, mesmo que não fosse a miséria cruel que existe hoje. Seria mais suave, mas ainda assim existiria desigualdade.


2. Risco de perda da diversidade humana

Grande parte da criatividade, da cultura e da força social vem justamente das classes populares.

  • Música, literatura, movimentos sociais, invenções simples mas revolucionárias, vêm muito desse povo que vive e resiste.

  • Se só restassem ricos, a sociedade talvez virasse mais fria, elitizada e padronizada, mesmo sem a dor da fome.


📌 Então, dá pra dizer que:

  • Sim, o sofrimento cruel da pobreza atual provavelmente acabaria.

  • Mas ainda existiria desigualdade (em outro nível).

  • E o risco seria termos um mundo mais confortável, porém menos diverso, menos popular, talvez até mais “sem alma”.


A ideia parte de uma visão muito prática: se a origem do sofrimento está ligada à pobreza, e se a maioria dos pobres vive sem qualidade de vida, então ao interromper esse ciclo de nascimento na miséria, automaticamente muita dor humana seria evitada.

Isso lembra um pouco alguns debates de ética e filosofia social, porque envolve o futuro da humanidade. Vou te mostrar os dois lados:


🌍 O lado positivo dessa visão

  • Fim da miséria extrema: ninguém mais nasceria passando fome, sem saúde ou sem oportunidades.

  • Alívio do sofrimento: reduziria a exploração de pessoas que vivem apenas para sustentar o sistema.

  • Sociedade mais equilibrada: se todos nascessem em boas condições, a desigualdade brutal diminuiria muito.


⚖️ Os dilemas dessa ideia

  • Pobreza é estrutural, não biológica: ela não existe porque pobres têm filhos, mas porque o sistema concentra riqueza em poucas mãos.

  • Desigualdade voltaria: mesmo se só os ricos existissem, haveria ricos “mais ricos” e outros “menos ricos” — e os de baixo poderiam acabar vistos como “novos pobres”.

  • Perda cultural: grande parte da arte, música, festas populares e tradições vem do povo humilde. Isso se perderia ou ficaria enfraquecido.


📌 Conclusão:
O que se propõe de fato acabaria com a pobreza extrema (aquela que tira dignidade, saúde e vida).
Mas não eliminaria totalmente a desigualdade — apenas mudaria de forma.
Mesmo assim, dentro dessa linha de raciocínio, seria um mundo mais humano do que o atual, porque a miséria brutal deixaria de existir.

domingo, 24 de novembro de 2024

Como sobreviver ao Anticristo?

 A ideia do Anticristo tomando controle global é frequentemente associada a cenários de grande dificuldade para aqueles que resistem a esse domínio. Tanto no contexto religioso quanto no secular, as estratégias para "sobreviver" variam de acordo com a perspectiva adotada. Aqui estão algumas abordagens para refletir:



1. Perspectiva Religiosa: Preparação Espiritual

  • Fortalecer a Fé: Para aqueles que acreditam nas profecias bíblicas, a sobrevivência não é apenas física, mas espiritual. Manter uma relação forte com Deus é essencial para resistir ao engano e à pressão.
  • Discernimento: A Bíblia enfatiza a necessidade de discernir os tempos e não cair em armadilhas. Por exemplo, em Mateus 24:24, Jesus adverte sobre falsos messias e profetas que tentarão enganar até os escolhidos.
  • Comunidade: Unir-se a outros que compartilham a mesma fé pode trazer apoio, encorajamento e recursos em tempos difíceis.
  • Confiança na Promessa Divina: A crença de que Deus protegerá e guiará Seu povo, mesmo em meio à perseguição, é uma fonte de força para muitos cristãos.

2. Perspectiva Prática: Autossuficiência

  • Preparar-se para a Autossuficiência:
    • Desenvolver habilidades como cultivo de alimentos, purificação de água e fabricação de itens básicos pode ser útil em cenários de controle extremo, onde o acesso a recursos pode ser limitado.
    • Criar pequenas comunidades autossuficientes pode ser uma maneira de fugir de sistemas centralizados.
    • Resistência Digital:
      • Evitar dependência de tecnologias que possam ser usadas para controle totalitário, como sistemas de rastreamento ou moedas digitais centralizadas.
    • Estar Informado: Buscar informações confiáveis para evitar cair em narrativas manipuladoras e estar atento às mudanças globais.






    • 3. Perspectiva Psicológica: Resiliência

      • Manter a Esperança: Em qualquer cenário de crise, a capacidade de manter a esperança é crucial para a sobrevivência.
      • Preparação Mental: Desenvolver força emocional para enfrentar desafios é tão importante quanto os preparativos físicos ou espirituais.
      • Planejamento Estratégico: Avaliar as ameaças e planejar formas de mitigá-las é fundamental. 

4. Ação Coletiva e Resistência

  • Organização Comunitária: Movimentos de resistência podem surgir para proteger direitos individuais e combater abusos de poder.
  • Defesa de Valores: Proteger a liberdade de expressão, a privacidade e outras liberdades fundamentais em conjunto com outros pode ser uma forma de resistência.




Reflexão Final

A sobrevivência em um cenário onde o Anticristo domina é tanto uma questão de preparo espiritual quanto de estratégias práticas. Para aqueles que acreditam nas profecias, a perseverança na fé é central. Para outros, a sobrevivência pode se basear em resistência organizada e autossuficiência. Em qualquer caso, a força interior e a união com outras pessoas que compartilham valores semelhantes podem ser as maiores armas para enfrentar tempos difíceis.



quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Prisão de Bolsonaro se aproxima após plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

 A Polícia Federal prendeu 4 militares do Exército e 1 policial federal investigados por envolvimento em um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, ministro do STF, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral – crimes previstos para serem executados no fim de 2022, depois da eleição e antes do presidente eleito tomar posse. De acordo com a PF, os suspeitos tinham posse de armamento pesado, cogitaram envenenar Lula e chegaram a iniciar uma missão contra Alexandre de Moraes, que foi abortada de última hora. 



Para entender o que diz a investigação da Polícia Federal, quem são os militares presos e os detalhes da arquitetura do plano, Natuza Nery conversa com Reynaldo Turollo Jr., repórter do g1 em Brasília. Ele explica também como o general Braga Netto – que foi ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de Jair Bolsonaro – está no centro dessa investigação e como uma reunião misteriosa na casa dele está inserida na trama golpista.


Diante dessas novas evidências, a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro se aproxima, devido a vários vínculos com todos os envolvidos, incluindo escutas telefônicas, grampos de e-mail e diversas outras gravações.



A Polícia Federal realizou uma operação na manhã de terça-feira (19/11) para cumprir mandatos de prisão, busca e apreensão contra suspeitos de planejar um golpe de Estado no final de 2022, com o objetivo de impedir uma posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Cinco pessoas foram presas com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Quatro delas são militares do Exército, membros de forças de operações especiais e conhecidos como "kids pretos".

Foram presos o general de brigada da reserva Mario Fernandes, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira.

O quinto indivíduo que teve prisão decretada foi o policial federal Wladimir Matos Soares.

sábado, 16 de novembro de 2024

Será o fim dos concursos públicos estatutários?

É O FIM DO CONCURSO PÚBLICO ESTATUTÁRIO ?


A decisão do STF: 


Por 8 x 3 o STF autorizou a flexibilização dos concursos públicos no Brasil. 

Uma recente decisão do STF validou a possibilidade de contratação de servidores públicos pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), acabando com a obrigatoriedade do regime jurídico único (RJU). Isso significa que os entes públicos podem optar por contratar servidores tanto pelo regime estatutário, que garanta estabilidade, quanto pelo regime celetista, que não oferece essa garantia.


Concurso CLT: 


O Concurso CLT refere-se a concursos públicas realizadas para contratação de servidores sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT ), ao invés do regime estatutário. Essa forma de contratação segue as regras aplicáveis ​​ao setor privado, mas com algumas particularidades quando aplicada ao serviço público.

Características do concurso CLT:

  1. Sem estabilidade : Ao contrário do regime estatutário, no regime CLT não há garantia de estabilidade no emprego. No entanto, a missão precisa ser justificada e seguir as normas regulamentares ao sector público.

  2. FGTS ao invés de aposentadoria própria : Os servidores contratados sob a CLT têm direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e vinculados ao INSS para aposentadoria, diferentemente do regime estatutário que possui previdência própria.

  3. Direitos trabalhistas garantidos :

    • Férias anuais.
    • Décimo terceiro salário.
    • FGTS.
    • Licença maternidade/paternidade.
    • Aviso prévio em caso de demissão.
  4. Continuidade do concurso público : Apesar do vínculo celetista, a entrada no cargo exige aprovação em concurso público, respeitando os princípios de isonomia e impessoalidade.

  5. Aplicação do regime CLT : Mais comum em empresas públicas (ex.: Petrobras, Correios, Banco do Brasil), e a partir da decisão do STF, pode ser utilizada por outros entes públicos que optem por ele para novas contratações.

Quem escolhe o regime?

A decisão entre contratar CLT ou estatutário cabe ao órgão público responsável. Informações sobre o regime estão descritas no edital do concurso.


Concurso estatutário: 


O regime estatutário é o sistema legal que rege a relação entre o servidor público e a administração pública, previsto em leis específicas para cada ente federativo. Os servidores contratados sob esse regime possuem características e direitos distintos desses regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Características principais do regime estatutário:

  1. Estabilidade : Após o estágio probatório de três anos, o servidor adquire estabilidade, podendo ser emitido apenas em casos específicos, como:

    • Processo administrativo disciplinar;
    • Insuficiência de desempenho comprovada;
    • Extinção da carga, com indenização;
    • Decisão judicial transitada em julgada.
  2. Aposentadoria própria : Os servidores estatutários geralmente estão vinculados a regimes próprios de previdência social, diferentes do INSS, com regras próprias para aposentadoria.

  3. Vínculo exclusivo com o ente público : O servidor estatutário é contratado diretamente pelo ente público (União, estados ou municípios), observadas as normas da legislação específica para cada caso.

  4. Garantias adicionais : Além da estabilidade, os estatutários têm direitos específicos, como licença-prêmio, adicional por tempo de serviço e promoções baseadas na progressão de carreira.


Servidores atuantes se encaixam na nova lei?


Não, essa mudança diz respeito apenas a novos servidores e concursos futuros. Aqueles já contratados pelo regime estatutário permanecerão com os mesmos direitos.


Últimos aprovados em concursos entram na nova lei ?

Depende: Se sua aprovação foi antes da decisão do STF e se no edital estava como estatutário, então a lei que entrou em vigor ela não se aplica a você; porém se foi em uma data posterior a decisão do STF aí você precisa ver como que estava no edital e se era por meio de CLT ou estatutário.  

Na última recente decisão do STF que validou a possibilidade de contratação de servidores públicos pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), acabando com a obrigatoriedade do regime jurídico único (RJU). Isso significa que os entes públicos podem optar por contratar servidores tanto pelo regime estatutário, que garanta estabilidade, quanto pelo regime celetista, que não oferece essa garantia.

No entanto, essa mudança diz respeito apenas a novos servidores e concursos futuros. Aqueles já contratados pelo regime estatutário permanecerão com os mesmos direitos. Além disso, carreiras típicas de Estado, como juízes, promotores e policiais federais, continuarão obrigatoriamente vinculadas ao regime estatutário, preservando a estabilidade nesses casos.

Embora os celetistas não tenham estabilidade, sua missão ainda precisará ser justificada, o que difere das regras do setor privado. Essa decisão, de certa forma, flexibiliza o formato de contratação, mas não elimina os concursos, que são necessários para ambas as formas de ingresso no serviço público​.


Concursado CLT pode ser demitido sem justa causa ?


Nos concursos públicos com contratações pelo regime da CLT , o governo não pode realizar demissões de servidores públicos sem justa causa , como ocorre na iniciativa privada. Mesmo no regime celetista, o vínculo no serviço público possui características específicas que garantem maior proteção ao servidor do que em empresas privadas.

Pontos importantes:

  1. Justificativa para demissão : Nenhum regime CLT aplicado ao serviço público, a demissão deve ser motivada e documentada. Isso significa que deve haver uma razão legal e fundamentada, como desempenho insuficiente, conduta eficiente ou extinção da carga.

  2. Diferença para o setor privado : Embora as empresas privadas possam demitir funcionários sem necessidade de justificativa (rescisão unilateral), no serviço público, mesmo no regime CLT, as demissões precisam obedecer a critérios legais e devem ser passíveis de contestação judicial.

  3. Proteção jurídica : O servidor celetista pode recorrer à Justiça do Trabalho em caso de demissão que considere arbitrária ou injustificada. Dessa forma, ele tem meios legais para se proteger de abusos.

  4. Carreiras típicas de Estado : Como já destacadas, essas carreiras permaneceram no regime estatutário , onde a estabilidade impede a demissão sem justa causa, exceto nos casos previstos na lei.

Embora o regime CLT no serviço público não garanta estabilidade, ele ainda assegura direitos trabalhistas como FGTS, 13º salário, férias e aviso prévio. A decisão de adotar esse regime para novas contratações visa flexibilizar a administração, mas não eliminar os direitos básicos dos trabalhadores públicos


O que fazer para saber se o concurso é CLT ou estatutário ?


Para saber se um concurso público será regido pelo regime CLT ou estatutário , é necessário verificar as informações publicadas no edital, que é o documento oficial do certo. Veja os passos para identificar o regime de contratação:

1. Leia o editorial atentamente

  • Procure por termos como “regime de contratação” , “regime jurídico” ou “forma de vínculo” .
  • Geralmente, a seção que trata do vínculo empregatício explicará se a carga será necessária sob o regime estatutário ou celetista.

2. Identifique o órgão ou entidade

  • Estatutário : Geralmente aplicado a órgãos de administração direta (como ministérios, secretarias estaduais e municipais) e para carreiras típicas de Estado (juízes, promotores, policiais, diplomatas, entre outros).
  • CLT : Mais comum em empresas públicas, sociedades de economia mista (como Correios, Petrobras, Caixa Econômica Federal) e, a partir da decisão recente do STF, pode ser adotada por outros órgãos públicos, dependendo da escolha do ente.

3. Verifique a legislação mencionada

  • Estatutário : Referências ao regime jurídico único (como a Lei nº 8.112/1990, para servidores federais) estabelecem a estabilidade.
  • CLT : A Consolidação das Leis do Trabalho será mencionada como base jurídica.

4. Consulte o site do órgão responsável

  • Muitas vezes, os sites oficiais informam previamente o regime jurídico adotado para as contratações.

5. Observe a natureza da carga

  • Cargas técnicas ou administrativas podem ser regidas pela CLT.
  • Carreiras típicas de Estado permanecem obrigatoriamente no regime estatutário, conforme decisão do STF.

Compensa fazer concurso via CLT?

Em via de regra, se você está desempregado e o concurso que abriu é via CLT, você pode participar por três motivos:

  1. Porque está desempregado, e isso ajuda a ganhar tempo até ser aprovado em um concurso mais estável.
  2. Porque isso lhe permitirá adquirir experiência para futuros concursos.
  3. Mesmo sendo por meio de CLT e sem estabilidade, o concurso oferece mais segurança do que uma iniciativa privada, pois você só pode ser demitido por justa causa, além de poder recorrer ao Ministério do Trabalho.



quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O que falta agora para ser aprovada o fim da escala 6x1?

 O que falta agora para ser aprovada o fim da escala 6x1?


Após 194 assinaturas, o projeto precisa ser discutido na Câmara dos Deputados e requer 308 votos para ser aprovado. Em seguida, é encaminhado para o Senado, onde há 81 senadores, e são necessários no mínimo 49 votos para aprovação, sem necessidade de sanção presidencial.

No entanto, tratando-se de um projeto do PSOL e de esquerda, é pouco provável que seja aprovado no Senado, que tem a maioria dos senadores de direita e bolsonaristas. Será necessária uma grande mobilização por parte dos próprios eleitores desses senadores de direita para que o projeto avance. Além disso, há pressão dos patrões e empresários para que os senadores votem contra o trabalhador.

São 194 os parlamentares que avaliaram a tramitação da proposta de Erika Hilton; a deputada competente de 171 signatários.



Após a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que propõe o fim da escala 6x1, terá ganho de fôlego nas redes sociais, os deputados federais cederam à pressão, e o número mínimo de assinaturas foi alcançado. O apoio passou de 71 para 194 parlamentares, segundo a assessoria do parlamentar.

Esse marco significa que a proposta apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) irá tramitar. Para se tratar de uma PEC, é necessário o endosso de um terço dos parlamentares, ou seja, 171 assinaturas. Além do apoio a partidos de esquerda e centro-esquerda, como PSOL, PCdoB, PT e parte do PSB, Fernando Rodolfo, do PL de Jair Bolsonaro, também assinaram o texto para tramitação. Ele pertence a uma ala do partido considerado mais fisiológico.

Na proposição protocolada no Congresso em 1º de maio, Dia do Trabalhador, um parlamentar defende que o país adote uma jornada de trabalho de quatro dias, evitando mudanças no número de horas trabalhadas.

Atualmente, a carga horária, estabelecida pelo artigo 7º da Constituição Federal, garante ao trabalhador um expediente não superior a oito horas diárias e 44 horas semanais. O texto inicial da PEC sugere que o limite passe a ser de 36 horas semanais, sem alteração na carga máxima diária de oito horas e sem redução salarial. Isso permitiria que o país adotasse o modelo de quatro dias de trabalho.

O tema foi amplamente discutido por usuários que se identificam como progressistas nas redes sociais, ganhando projeção digital. A influenciadora Nath Finanças foi uma das pessoas que comentou a proposta. Ela publicou um meme com a imagem de deputados federais e a frase "Trabalhamos 3x4 e somos contra a PEC pelo fim da escala 6x1". "Assim fica fácil", completou.

 

domingo, 10 de novembro de 2024

Nikolas Ferreira é criticado nas redes por não apoiar fim da escala 6x1

 Deputado mais votado do país em 2022, Nikolas Ferreira (PL-MG) vem sendo cobrado em suas redes sociais por não ter manifestado apoio à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê o fim da escala de trabalho 6x1. A proposta, lançada pelo PSOL, está entre os assuntos mais comentados nas redes sociais neste fim de semana. 




O que aconteceu

Deputada Erika Hilton (PSOL-SP) anunciou que iria apresentar uma PEC para acabar com a escala 6x1. Modelo de seis dias de trabalho para um de descanso está previsto nas regras da CLT (consolidação das leis trabalhistas), mas a deputada decidiu encampar um projeto para acabar com esse modelo o que tem causado repercussão nas redes sociais nos últimos dias. 

Até o momento, a deputada reuniu somente 71 assinaturas para apoiar o texto. São necessárias 171 assinaturas para a PEC ser apresentada oficialmente na Câmara e começar a tramitar. Até o momento, porém, a maioria dos deputados que apoia a iniciativa são do PT e do PSOL. 

A repercussão da iniciativa, porém, já levou aos seguidores de Nikolas Ferreira, um dos expoentes da direita, a criticarem ele publicamente. "Votei em você. Trabalho na escala 6x1 e fiquei muito decepcionado com sua posição nesse tema", afirmou um seguidor em uma postagem no Instagram de Nikolas neste domingo. Uma seguidora foi ainda mais dura: "Deixando de seguir!! Vai trabalhar 6x1 também?!!" 



Proposta de vereador

Iniciativa encampada por Érika Hilton é baseada em proposta do vereador eleito do PSOL. Rick Azevedo foi o vereador mais votado da sigla neste ano e vai ocupar uma cadeira na Câmara Municipal do Rio. Ele ganhou notoriedade nas redes como fundador do Movimento Vida Além do Trabalho, que defende o fim da escala 6x1.


A iniciativa chegou a ter o apoio de mais de 1,3 milhão de pessoas na internet e, nos últimos dias, está entre os assuntos mais comentados do X. Sem o apoio de mais parlamentares, porém, o texto não tem como ser protocolado na Câmara. 



O deputado bolsonarista Marcos Feliciano também votou contra os trabalhadores brasileiros e afirmou concordar que o trabalhador tenha menos dias de folga e mais horas de trabalho.

Lembrando que Marcos Feliciano trabalha na jornada três por quatro, na qual tem quatro dias de folga e ainda conta com um salário superior a 40 mil reais, além de vários auxílios e verbas de gabinete. Enquanto isso, o trabalhador comum, além de trabalhar seis dias e relaxar um, recebe apenas um salário mínimo.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Lula sanciona lei que cria o Dia da Música Gospel em novo gesto a evangélicos

 

Lei federal estabelece 9 de junho como dia para celebrar o gênero musical. Deputado Otoni de Paula, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, elogiou Lula durante cerimônia no Planalto.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um novo ato de aproximação com evangélicos, sancionou nesta terça-feira (15) a lei que estabelece 9 de junho com o "Dia da Música Gospel".


"A música gospel agora tem um dia nacional de celebração. Com o deputado Otoni de Paula, sancionei o projeto que institui o dia 9 de junho como o Dia Nacional da Música Gospel, dando visibilidade ao importante papel da cultura, da religiosidade e da fé de milhões de brasileiros e brasileiras", disse Lula..


A sanção foi realizada em uma cerimônia restrita no Palácio do Planalto, na qual o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que integrou a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), discursou em nome da bancada evangélica.

Otoni elogiou a convivência com Lula, de quem disse discordar politicamente, e afirmou que "o Deus que estabelece reis e tira reis do trono já lhe usou nesta nação para abençoar o povo de Deus".

Ele ainda chamou Lula de "meu presidente".

"Me dirijo não ao Lula do Partido dos Trabalhadores, mas ao senhor Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, e, enquanto estiver ocupando esse cargo, por força de nacionalidade, meu presidente também", disse Otoni de Paula.

O deputado lembrou que a maior parte dos evangélicos não apoiou o petista na eleição de 2022, já que Bolsonaro foi o candidato preferido desse segmento da população.

Segundo Otoni, os evangélicos não têm "dono", escolhem pautas com base em valores e crenças e que a as igrejas não são de "direita ou de esquerda".

"Não somos gados ou jumentos. Somos ovelhas do bom pastor. E as paixões políticas não vão desviar o nosso papel", discursou.

"Gostando ou não, politicamente, de vossa excelência e de seus posicionamentos, não temos outra opção pela Bíblia, a não ser orar por vossa excelência", completou Otoni.

O parlamentar elogiou as políticas sociais dos governos de Lula, que, na sua visão, beneficiaram evangélicos.

"É graças à visão social de seus governos que essa gente humilde de Deus tem o poder ou tem condições de comer por causa do Bolsa Família e onde morar por causa do Minha Casa, Minha Vida. E também graças a essa visão social que nossas igrejas passaram a ter mais doutores e professores, gente que jamais poderia ter um diploma de curso superior se não fosse a visão do governo de vossa excelência", disse o deputado.

Na cerimônia, os presentes também cantaram um trecho da música "Faz um milagre em mim", de Régis Danese.

 










terça-feira, 5 de novembro de 2024

Quem é o primeiro brasileiro eleito para comandar a Interpol ?

 O delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza, 43, foi escolhido para ser o próximo secretário-geral da Interpol. É o mais alto posto executivo do maior órgão policial do mundo. 



Quem é o delegado ?

Maranhense, Urquiza é o primeiro brasileiro a comandar a Interpol. Ele assume o posto a partir da quinta-feira (7).

Ele começou sua carreira como analista na Caixa Econômica Federal em 2000. É formado em direito pela Unifor (Universidade de Fortaleza) 

Ele atua na Polícia Federal há quase 20 anos. Em 2007, passou a atuar junto a corporação como Encarregado de Polícia e em sete anos se tornou Líder de Assuntos Internacionais da corporação.


O delegado estudou Liderança Organizacional na Academia Nacional do FBI, em 2017, e em Harvard, nos EUA, em 2019. Ele tem especialização em Energia, Meio Ambiente e Recursos Naturais pela PUC-SP, e passagens acadêmicas pela Jica (Agência Japonesa de Cooperação Internacional), em Tóquio, e pela Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, onde estudou Justiça Criminal e Ciências Políticas.

Sua atuação na Interpol começou em 2015, quando assumiu o cargo de Líder da Central Nacional da corporação no Brasil. 

Em 2021, se tornou o Vice-Presidente para as Américas —mesmo ano em que voltou a atuar, ao mesmo tempo, na Polícia Federal como Líder de Cooperação Legal Internacional. 





O que é a Interpol ?

Organização que conta com 196 países-membros, coordenando as redes de policiais e especialistas em diferentes categorias de crimes. Fundada em 1923, está sediada em Lyon, na França. 

Uma de suas principais ferramentas para combater o crime internacional é a emissão de alertas para comunicar informações sobre crimes e criminosos. O mais poderoso é o chamado alerta vermelho, que é o mais perto que existe de uma ordem de busca internacional.