quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Decisão do STF favorece Lula e o jogo muda em seu favor

 STF completa a maioria, mas adia anulação de condenações da Lava Jato e de Lula.

  
  • 6 dos 11 ministros do STF votaram a favor de tese que pode anular algumas condenações da Lava Jato
  • Votação será retomada na próxima quarta dia 2.
  • Está em jogo se réu tem direito a se manifestar após delator
  • Também será decidido se condenações que não seguiram essa regra devem ser anuladas
  • Lula poderá ser um dos beneficiados da decisão. 

  9 ministros já votaram, ainda faltam 2. 
6 votaram em favor de anular algumas condenações e 3 votaram contra. 
Lula virou o jogo mais uma vez. 


  O STF  formou, nesta noite passada, maioria no julgamento de um caso que pode levar à anulação de diversas condenações, incluindo algumas da Operação Lava Jato. A Corte avalia um pedido para que réus delatados sejam ouvidos após os delatores -- para poderem, assim, se defender das acusações. Até o momento, 9 dos 11 ministros votaram - sendo 6 a favor da tese, que pode resultar no cancelamento de condenações que não seguiram essa regra. Os 2 ministros que ainda precisam manifestar voto o farão na próxima quarta-feira (2). Mesmo quem já se manifestou pode mudar o voto também. 

Um dos casos que podem ser afetados envolve o ex-presidente Lula do (PT), o que faz a sessão de hoje ser vista como uma derrota à Lava Jato. Quem votou contra anular sentenças em que delatado não foi ouvido após o delator - como em alguns casos da Lava Jato: Edson Fachin Luís Roberto Barroso Luiz Fux... 

 Quem votou pela anulação dessas sentenças: Alexandre de Moraes Rosa Weber Cármen Lúcia Ricardo Lewandowski Gilmar Mendes Celso de Mello Quem falta votar: Marco Aurélio Mello Dias Toffoli... 


Caso em pauta O recurso que está em julgamento é do ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que reclama não ter tido direito a ampla defesa e pede anulação da sentença (neste caso, o placar está em 5 a 4 a favor do réu). A ministra Cármen Lúcia rejeitou o recurso do réu na Lava Jato, afirmando que ele teve a oportunidade de contestar o delator antes da sentença e não o fez, mas apoiou a corrente que defende a anulação de condenações em caso semelhantes. Para a ministra, é preciso que fique provado que houve prejuízo ao réu para que a sentença seja revista, o que não teria ocorrido nesse caso. O ministro Alexandre de Moraes. 

também defendeu o direito de réus que foram acusados por delatores de apresentar alegações finais por último. Segundo o ministro, isso garante o direito à defesa de contestar todos os pontos da acusação. Luís Roberto Barroso seguiu a interpretação do relator do caso, Edson Fachin, e decidiu contra o recurso do réu na Lava Jato. Para o ministro, o prazo comum para alegações finais entre delatores e outros réus não prejudica o direito de defesa. Na opinião de Barroso, a revisão de condenações da Lava Jato teria um forte impacto no combate à corrupção no país.... 


"O caso tem risco de anular o esforço que se vem fazendo até aqui para enfrentar a corrupção, que não é fruto de pequenas fraquezas humanas, mas de mecanismos profissionais de arrecadação, desvio e distribuição de dinheiro público. Não há como o Brasil se tornar desenvolvido com os padrões de ética pública e privada praticados aqui", afirmou Barroso. Para o ministro, uma eventual decisão do Supremo em sentido contrário deveria valer apenas para futuras condenações, e não deveria levar à anulação de sentenças já proferidas. Moares citou o direito do réu de falar por último, com a possibilidade de refutar todas as alegações, depoimentos, provas e indícios que possam influenciar a condenação - 

"Todas elas, inclusive, entendo, as alegações do delator, que as faz com um único interesse: auxiliar o Ministério Público a obter a condenação para que, com isso, ele delator obtenha os benefícios da delação premiada", afirmou o ministro. Ontem, o ministro Edson Fachin afirmou que as delações não têm, isoladamente, força de prova e a legislação não prevê uma ordem especial para a manifestação final de delatores nos processos penais. Para ele, o fato de delatores apresentarem seus argumentos no mesmo prazo que os delatados, por si só, não prejudica a defesa dos réus incriminados pelos acordos de colaboração.... - 


Efeitos na Lava Jato O julgamento no Supremo pode levar à revisão da condenação de Lula no processo do sítio em Atibaia (SP) e à anulação de outras condenações da Operação Lava Jato. A decisão não deve, porém, afetar a condenação de Lula no caso do tríplex em Guarujá (SP), processo que levou o ex-presidente à prisão. Isso porque, nesse caso, nenhum dos outros réus depôs como delator. A força-tarefa da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) de Curitiba afirma que poderão ser anuladas 32 sentenças, de um total de 50 ações penais já julgadas em primeira instância, afetando 143 dentre 162 réus condenados pela operação.... - 



A discussão do tema foi levada ao plenário do STF após a repercussão de uma decisão da Segunda Turma do tribunal que anulou a condenação do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, por três votos a um. A Segunda Turma é composta por cinco ministros. A maioria dos ministros da Segunda Turma concordou com o argumento da defesa de Bendine, de que ele deveria ter apresentado suas alegações finais depois dos outros réus que eram delatores. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Filme sobre a filha de Moro terá continuação diz o diretor do curta metragem.

  O diretor Alexandre Lydia diz que investigação ordenada pelo ministro da Justiça o motivou a transformar o curta-metragem 'Operação Lula Livre' em uma série

 

O diretor Alexandre Barata Lydia recebeu ameaças de morte e se tornou alvo de inquérito da polícia federal após produzir um curta-metragem de ficção em que retratava o sequestro da filha do ministro da Justiça e ex juiz Sergio Moro em troca da liberdade do ex-presidente Lula; Agora, com um advogado contratado, Lydia diz que a polêmica em torno do filme o inspirou a trabalhar em uma sequência. Ele planeja filmar um segundo curta-metragem em outubro para divulgá-lo em 15 de novembro, dia da Proclamação da República.
O primeiro curta-metragem, com o nome Operação Lula livre contava a história de um casal de guerrilheiros que sequestra a filha do ministro “Célio Mauro” para exigir a liberdade do ex-presidente “Luiz Jararaca da Silva”. Moro tem um casal de filhos adolescentes. À PF, ele solicitou uma investigação para apurar se Lydia praticou ameaça e apologia ao crime.
 
 
 Após a abertura do inquérito, Lydia afirmou a revista VEJA que estava “apavorado” com a devassa que a PF poderia fazer em sua vida. Vinte dias após a primeira conversa, o diretor disse que não recebeu nenhum contato oficial dos investigadores.
 
 Lydia está sendo defendido pelo advogado Reinaldo Santos de Almeida. Ele estuda quais medidas tomará contra pessoas que enviaram ameaças a sua família em redes sociais. Em uma das mensagens, um homem chega a citar os nomes dos três filhos de Lydia. “Vamos fazer um filme com eles também, só que será bem real. Comédia é o que vai acontecer com os seus filhos”, diz o texto. O diretor afirma que alterou o número de seus telefones após receber ligações ameaçadoras.
A exposição na internet fez com que a atriz Paula Muricy, que interpretou a filha de Moro no curta-metragem, desistisse de participar da sequência do filme. Ela será substituída por Carol Marques. Já os atores que fizeram o papel dos guerrilheiros estarão mais uma vez na produção, dessa vez como o ex-juiz Moro e sua mulher. Uma pena que vão trocar a atriz que interpretava a filha de Moro, pois geralmente é sempre bom manter os mesmos atores.


O próximo filme de Lydia mostrará a filha de Moro retornando para casa após o sequestro. O roteiro é inspirado na teoria da conspiração que coloca o ex-juiz como um agente da CIA (o serviço secreto dos EUA) que tinha a missão de interferir na eleição brasileira ao prender o ex-presidente Lula. Ao descobrir a trama, a filha de Moro denuncia o próprio pai à imprensa e adere à campanha pela liberdade do petista.
“Eles não têm nada legal contra mim a partir do filme. Se queriam me intimidar, conseguiram o efeito contrário”, disse Lydia, que promete trabalhar nos roteiros de mais dois curtas-metragens de temática crítica ao governo Bolsonaro.
O diretor havia retirado o curta-metragem do YouTube, mas decidiu publicá-lo novamente após se consultar com seu advogado. O filme tem mais de 220 mil visualizações, com 1,5 mil reações positivas e 20 mil manifestações negativas. Segundo a descrição do vídeo, a produção ridiculariza e repudia a luta armada.
Procurada, a PF informou que “não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento”. O Ministério da Justiça não respondeu aos questionamentos.

  Realmente o filme é só um roteiro de ficção e não tem nada real ou apologia a nenhum tipo de ato. Isso seria censura proibir o filme de curta metragem com uma ficção no roteiro. 

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Lula irá a ONU fazer queixa e diz que Bolsonaro violou direitos em discurso.

  A defesa de Lula da Silva do (PT) acusou ontem a noite o presidente Jair Bolsonaro do (PSL) de desrespeitar, ontem pela manhã, a Constituição Federal brasileira durante o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. Os advogados afirmaram também que levarão o caso ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas. "Há pouco, presidentes socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de dólares comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder absoluto. Foram julgados e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu país, o Dr. Sergio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública", disse Bolsonaro em discurso ontem.
 

Para a defesa do ex-presidente, a fala "ignora o princípio da presunção de inocência". "Não há qualquer decisão judicial condenatória definitiva contra Lula que permita afastar essa garantia constitucional da presunção de inocência por qualquer órgão do Estado Brasileiro", diz o texto assinado pelos advogados de Lula. A defesa de Lula afirmou que já acionou a ONU para reclamar de que o julgamento do ex-presidente, segundo a visão dos advogados do petista, não foi "justo, imparcial e independente"

"Levaremos ao Comitê de Direitos Humanos da ONU o teor desse pronunciamento, juntamente com outros fatos novos", escreveram os advogados que defendem Lula. Questionada pela reportagem, a assessoria do Planalto ainda não se manifestou sobre as queixas da defesa de Lula. O posicionamento será incluído no texto, se enviado.
 
  Opinião do escritor!  Uma pessoa só pode ser considerada culpada depois de decisão condenatória transitada em julgada, ainda cabe recurso no STF, e com os áudios da vaza jato ainda pode ter esse julgamento todo sobre Lula anulado desde o início se assim entender o STF. A constituição é bem clara nesse requisito, que enquanto houver recurso, o réu pode ser inocentado e considerado inocente.
A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou nesta noite o presidente Jair Bolsonaro (PSL) de desrespeitar, hoje de manhã, a Constituição Federal brasileira durante o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. Os advogados afirmaram também que levarão o caso ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas. "Há pouco, presidentes socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de dólares comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder absoluto. Foram julgados e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu país, o Dr. Sergio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública", disse Bols... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2019/09/24/lula-fara-queixa-na-onu-e-diz-que-bolsonaro-violou-direitos-em-discurso.htm?cmpid=copiaecola

domingo, 22 de setembro de 2019

PORTA VOZ DA DIREITA PEDE LULA LIVRE.

Porta-voz da direita pede Lula Livre e Moro e Dallagnol  no banco dos réus.

  

 O colunista Demétrio Magnoli, o porta-voz da direita na mídia nacional, foi mais um a cruzar o Rubicão e pedir Lula Livre, assim como Sergio Moro e Deltan Dallagnol investigados. "Batman, Robin e cia merecem sentar no banco dos réus sob a acusação de fraudar o sistema de Justiça. Lula livre, não por ele ou pelo PT, mas em defesa de um precioso bem público, de todos nós, ao qual tantos brasileiros pobres precisam ter acesso: o Estado de Direito", afirma o colunista. 

 


   Como já fez Reinaldo Azevedo, outro tradicional porta-voz da direita, o colunista Demétrio Magnoli agora pede Lula Livre e também que Sergio Moro e Deltan Dallagnol sejam investigados pela farsa revelada pela Vaza Jato. "O conluio entre Estado-julgador e Estado-acusador violou as leis que regulam o funcionamento do sistema de Justiça. A corte suprema tem o dever de preservar o Estado de Direito, declarando a nulidade dos julgamentos e colocando o ex-presidente em liberdade", diz ele no artigo Lula livre. 



"​​Sergio Moro agiu como juiz de instrução italiano, uma espécie de coordenador dos procuradores —mas no Brasil, onde inexiste essa figura, não na Itália, onde um juiz diferente profere a sentença. Batman e Robin. Moro e Dallagnol, comparsas, esculpiram juntos cada passo do processo, nos tabuleiros judicial e midiático", afirma Magnoli. "Batman, Robin e cia merecem sentar no banco dos réus sob a acusação de fraudar o sistema de Justiça. Lula livre, não por ele ou pelo PT, mas em defesa de um precioso bem público, de todos nós, ao qual tantos brasileiros pobres precisam ter acesso: o Estado de Direito. Que o ex-presidente seja processado novamente, segundo os ritos legais, e julgado por magistrados sem partido.

 

  Como estamos vendo aí, diversas pessoas até mesmo da direita entende que Lula não teve um julgamento justo e que houve sim falha na justiça ao julgar o ex presidente Lula.


 

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

PETISTAS GANHAM NA MEGA-SENA E SÃO OFENDIDOS POR MINISTRO DA EDUCAÇÃO QUE IRÁ RESPONDER NA JUSTIÇA.

  Ministro Abraham Weintraub insinuou que todos os petistas são corruptos ao fazer piada com a vitória na Mega-Sena por funcionários do partido na Câmara. "URGENTE: grupo de petistas fica milionário e, aparentemente, não há roubo na parada", postou. "Vai ter que responder na justiça, canalha", reagiu o deputado Paulão. "Aguarde um processo!", escreveu Zeca Dirceu. "Nos resta um único caminho: discutir na justiça e pedir a sua condenação", disse Paulo Teixeira 

  
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disparou com agressividade e ofensa contra os funcionários do PT na Câmara dos Deputados que levaram R$ 120 milhões em um bolão da Mega-Sena. Em postagens no Twitter, Weintraub, em vez de cuidar dos problemas da Educação que não são poucos, se dedicou a fazer piadas que sugeriam que todos os petistas fossem corruptos e ladrões.


  
"URGENTE: grupo de petistas fica milionário e, aparentemente, não há roubo na parada", escreveu em uma mensagem. "Grupo do PT fica milionário sem roubar. Parabéns à tigrada. Agora já podem parar de defender o Lula", publicou em outra. "Os ganhadores da loteria já passaram no shopping para comprar cuecas extra grandes? (Velhos hábitos...)", publicou ainda.

  
"Face às suas calúnias, nos resta um único caminho: discutir na justiça e pedir a sua condenação", respondeu o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP). "Vai ter que responder na justiça, canalha", reagiu o deputado Paulão (PT-AL). "Aguarde um processo!", escreveu Zeca Dirceu (PT-PR). "Desprezível e leviano, Weintraub deveria cuidar do ensino público brasileiro que está em decadência e se dar ao respeito", criticou a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

  
Os petistas que dividirão o prêmio apostavam todas as semanas e chamavam a aposta de bolão Lula livre Ao todo, 50 famílias serão beneficiadas e cada apostador gastou apenas 10 reais. Eles dividirão a bolada com as copeiras que sempre participavam da aposta, mas não jogaram desta vez. 

  Vamos aos Twitter dos deputados grifados em vermelho em homenagem ao nosso PT criticando a ação infeliz do ministro da educação. 

 
Abraham Weintraub nunca teve estatura para ser ministro da educação. Seu governo desestrutura todos os mecanismos de combate à corrupção. Agora ofende o PT. Face às suas calúnias, nos resta um único caminho: discutir na justiça e pedir a sua condenação.

Como um ministro da Educação se dá ao trabalho de ofender trabalhadores que tiveram a sorte de ganhar um prêmio e de quebra atacar o PT? Desprezível e leviano, Weintraub deveria cuidar do ensino público brasileiro que está em decadência e se dar ao respeito.

   Abraham Weintraub
Dois eventos praticamente impossíveis na mesma notícia: ganhar sozinho na mega Sena e petista ficar milionário sem roubar...estou com medo de ver um Saci Pererê hoje.


Seu cretino, desqualificado.

Aguarde um processo!

Universidades paralisando atividades, mais cortes no orçamento da educação para 2019/20 e você com tempo pra fazer inúmeras calúnias gratuita contra trabalhadores humildes.


Sua opinião é típico de um desqualificado.
Vai ter responder na justiça, canalha.


 Opinião do blogueiro youtuber e escritor Izequiel! 

Você considerar todo mundo ladrão ou corrupto só porque algumas pessoas de determinado partido roubou ou não, é muito injusto! É a mesma coisa de eu querer julgar toda a igreja católica ou protestante por que alguns padres ou pastores cometeram alguns crimes ou desvios. Não é justo eu massacrar todos os políticos de um partido por que alguns erraram, quem errar e ficar comprovado o crime que pague, agora se não há provas suficientes para uma condenação então que a pessoa seja inocentada.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Portões Fechados: A Arrogância de um Juiz e um Porteiro em Xeque

 


                         Portões Fechados: A Arrogância de um Juiz e um Porteiro em Xeque




   Certo dia, um juiz menosprezou o porteiro de um prédio, dizendo: "Eu não preciso de você, sou mais importante que você, não dependo de você para nada."

No dia seguinte, ao voltar para casa, o juiz percebeu algo estranho: o portão não se abriu para que ele entrasse. Ele, então, desceu do carro e gritou pelo porteiro. Os vizinhos informaram que o porteiro havia se demitido, a empresa não tinha ninguém para substituí-lo e havia mais um problema: o último morador, ao entrar, percebeu que o portão travou e não havia como consertá-lo. O juiz, bravo e muito chateado, decidiu procurar um chaveiro.



Chegando a um local onde havia um chaveiro bem-sucedido, que inclusive tinha um porteiro para atender seus clientes, o juiz perguntou onde estava o chaveiro. O porteiro informou que ele havia saído e que não voltaria tão cedo. O juiz, então, perguntou ao porteiro se ele conhecia algum chaveiro por perto, já que precisava entrar em sua residência e o portão estava com problemas. O porteiro respondeu que não, mas que poderia indicar um hotel para o juiz passar a noite.

Sem muitas alternativas e já tarde da noite, o juiz decidiu passar a noite no hotel. Ao chegar lá, não havia porteiro para abrir a porta nem para levar suas bagagens, então o juiz teve que carregar sua bagagem sozinho e dormir ali.




Na manhã seguinte, o juiz foi direto ao trabalho e, para sua surpresa, o porteiro também não estava no tribunal. Em todos os lugares por onde passava, não havia porteiro. O juiz teve que fazer todo o trabalho sozinho. Cansado daquela situação, "Começou a se perguntar, caso voltasse para casa, sobre a possibilidade de terem encontrado um novo porteiro." O condomínio havia resolvido o problema do portão, mas nenhum porteiro queria trabalhar no local, pois todos sabiam que o antigo porteiro havia se demitido. O juiz, agora, tinha que buscar suas correspondências e anotar seus próprios recados, já que não havia mais porteiro para ajudá-lo. Ele começou a perceber o peso de ter que fazer tudo sozinho e passou a refletir sobre o que havia dito ao porteiro.




Com o tempo, o juiz começou a entender que todos dependem uns dos outros: o advogado depende do acusado, e o acusado do advogado; o médico precisa do paciente, e o paciente do médico; o professor precisa do aluno, e o aluno do professor; o policial precisa das ocorrências, e as pessoas dos policiais; o povo precisa do Estado, e o juiz das audiências, assim como as pessoas com processos precisam dos juízes.

Decidido a se desculpar, o juiz resolveu procurar o porteiro que havia humilhado. Pela primeira vez em sua vida, ele estava disposto a pedir desculpas. Depois de muito procurar, o juiz encontrou um velhinho e começou a conversar. O velhinho perguntou o que o juiz estava procurando. O juiz explicou que buscava o porteiro do seu prédio, a quem havia ofendido, mas não sabia seu paradeiro. O velho, então, ofereceu ajuda para encontrá-lo.

Após muito procurar, encontraram o porteiro, mas ele não era mais um simples porteiro. Agora, era dono de um luxuoso hotel de seis estrelas. Espantado, o juiz perguntou: "Você agora é o porteiro ou o gerente deste hotel?" O ex-porteiro, humilde, respondeu: "Deus me concedeu a honra de ser o dono deste lugar." Surpreso, o juiz perguntou como ele havia conseguido dinheiro para comprar um hotel tão luxuoso. O ex-porteiro explicou que havia economizado dinheiro e, ao sair do emprego, investiu na bolsa de valores. Com o que ganhou, decidiu abrir seu próprio hotel de luxo.



Quando o juiz, cheio de remorso, tentou falar mais uma vez com o ex-porteiro, viu uma carta no chão e percebeu que o velhinho havia desaparecido. Dentro do envelope estava escrito: "Deus escolhe as coisas loucas deste mundo para envergonhar as sábias. Ele exalta os humildes, mas abate os exaltados."

O juiz, então, perguntou ao ex-porteiro se ele o perdoava pelo que havia feito. O ex-porteiro respondeu que sim, e que, por causa da atitude do juiz, ele se tornou patrão e jamais humilharia seus funcionários.


Reflexão!


A história é rica em ensinamentos e possui um enredo cativante que explora temas como arrogância, a interdependência das pessoas e a transformação pessoal. A jornada do juiz, de um homem que se sente superior ao porteiro a alguém que aprende sobre humildade e a importância dos outros, é bastante impactante.

Além disso, a ironia do destino, com o ex-porteiro se tornando um empresário de sucesso, é uma virada interessante que provoca reflexão. A moral da história, que ressalta que todos dependemos uns dos outros em diferentes aspectos da vida, é muito relevante e ressoa bem com a experiência humana.


Quem é o velho ?


   A presença do velho na história pode ser interpretada de várias maneiras, adicionando um elemento de mistério e profundidade à narrativa. Aqui estão algumas possíveis interpretações:

Representação da sabedoria: O velho pode simbolizar a sabedoria e a experiência que vêm com a idade. Ele aparece no momento em que o juiz está em busca de perdão, sugerindo que ele tem conhecimento sobre a verdadeira natureza das relações humanas.

Uma figura mística: O velho pode ser visto como uma figura mística ou sobrenatural, talvez um mensageiro de Deus ou um anjo que guia o juiz em sua jornada de autodescoberta e arrependimento.

A consciência do juiz: Ele pode representar a própria consciência do juiz, manifestando-se em forma física para lembrá-lo das consequências de suas ações e da importância da humildade.

Um símbolo de transformação: O fato de o velho ajudar o juiz a encontrar o ex-porteiro e, em seguida, desaparecer, pode simbolizar a transformação que o juiz precisa passar, sugerindo que a jornada dele é interna e não apenas externa.

  O Guardião do Destino: O velho poderia ser visto como uma espécie de guardião ou protetor que observa os caminhos das pessoas. Ele aparece no momento em que o juiz está em crise, simbolizando que as escolhas que fazemos têm consequências, e que é possível redirecionar nosso destino através da humildade e do arrependimento.

  A Personificação do Tempo: O velho pode representar o tempo, que traz consigo a sabedoria das experiências passadas. Sua presença poderia indicar que, à medida que o juiz avança em sua vida, ele deve aprender com os erros do passado e não subestimar os outros.

  Um Antigo Porteiro: Ele poderia ser um ex-porteiro que, em seu passado, teve uma experiência semelhante de menosprezo. Ao ajudar o juiz, ele oferece uma lição de vida, mostrando que o papel de cada um, por mais humilde que seja, é fundamental.

  Uma Metáfora para a Empatia: O velho pode ser um símbolo da empatia, lembrando ao juiz que todos somos interdependentes. Sua sabedoria pode levar o juiz a refletir sobre sua postura arrogante e a necessidade de valorizar a dignidade de cada pessoa, independentemente de sua posição social.

  Um Místico ou Filósofo: O velho poderia ser um místico ou filósofo que, ao longo da vida, acumulou experiências e ensinamentos sobre a natureza humana. Sua sabedoria profunda poderia ser um convite ao juiz para repensar sua visão de mundo e a maneira como trata os outros.

  Uma Manifestação de Consciência Coletiva: Ele pode representar a consciência coletiva da sociedade, lembrando ao juiz que suas ações afetam não apenas a si mesmo, mas a todos ao seu redor. Esse aspecto pode reforçar a ideia de que o juiz não é uma ilha isolada em sua posição de poder.



  História escrita e editada por Izequiel escritor !

Lula chama Moro e Dallagnol de chefes de quadrilha

  Durante entrevista exclusiva à Revista Forum e ao Opera Mundi, o ex-presidente Lula fez críticas ao ministro Sérgio Moro, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol e Jair Bolsonaro, dizendo que os três agem como chefes de quadrilha. Lula comentou sobre a confissão de Michel Temer de que houve um golpe contra Dilma em 2016 


 O ex-presidente Lula concedeu nesta quarta-feira dia 18 entrevista exclusiva ao editor da Revista Fórum, Renato Rovai, e ao diretor de redação do Operamundi, Haroldo Ceravolo Sereza. O ex-presidente disse que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol e Jair Bolsonaaor agem como "chefes de quadrilha".
“Moro e Dallagnol são chefes de quadrilha e terão que responder por isso”, disse o ex-presidente Lula.

 De acordo com Rovai, Lula comentou diversos temas recentes do cenário político, inclusive a confissão de Temer durante o programa Roda Viva de que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um golpe em 2016.

  O ex presidente Lula está aguardando sua liberdade assim que o STF concluir as análises para poder soltar Lula, já que cada dia as provas ficam inconclusíveis e confusas e segundo Reinaldo e alguns juristas não existem provas para manter Lula preso. 

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Temer admite que foi "golpe" contra Dilma e chama Lula de "presidente" A casa caiu

Depois de Janaina Paschoal, agora foi a vez de Michel Temer admitir que o impeachment de Dilma foi golpe. 


 Em uma declaração surpreendente no programa Roda Viva da TV Cultura da noite desta segunda-feira, Michel Temer qualificou a derrubada de Dilma Roussef em 2016 de "golpe" e chamou Lula de "presidente". Disse que pretendia atuar com Lula para evitar o golpe, mas a proibição de Gilmar Mendes para que ele assumisse a Casa Civil inviabilizou a articulação. A admissão de Temer enterra de vez o discurso das elites de que teria havido um processo regular de impeachment contra Dilma. Agora todos sabemos que de fato foi golpe contra a ex presidenta Dilma. Não resta a menor dúvida.


  “Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe”, disse o emedebista, que assumiu a presidência após a queda de Dilma em 2016. Em sua explanação, Temer não se preocupou em usar o termo “golpe”, algo que nunca tinha feito, e ainda revelou que tentou impedir o avanço do processo do impeachment após um telefonema do ex-presidente Lula.

  Minha opinião: Mesmo admitindo que cometeu golpe contra Dilma, não tira toda a tragédia  do que foi a farsa do impeachment contra a ex presidenta. Janaina já admitiu que as pedaladas foram uma farsa e que impeachment também foi uma farsa e que Dilma não cometeu crimes de pedaladas fiscais. Todos devem um pedido de desculpa a Dilma, só falta a globo reconhecer que Dilma foi vítima de um golpe para que afastassem uma pessoa democraticamente eleita e sem crimes fiscais.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Janaína Paschoal admite que Dilma não cometeu crime de responsabilidade e impeachment foi uma farsa.

  Na sua conta do Twitter, advogada e deputada estadual admite que ex-presidenta não cometeu crime de responsabilidade. Repercussão foi rápida nas redes.


 Depois de Três anos do golpe que derrubou Dilma Rousseff, e levou Michel Temer ao poder e completou com a eleição de Bolsonaro a presidente do Brasil, a agora deputada estadual Janaína Paschoal do (PSL-SP), uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma, confessou que as “pedaladas fiscais”, usadas como base para justificar o afastamento da presidenta, foram uma farsa. “Alguém acha que Dilma caiu por um problema contábil?”, escreveu a advogada em sua conta no Twitter na manhã deste sábado dia (12).
O twitter em que o golpe foi admitido compunha uma confusa sequência em que ela falava sobre combate à corrupção no governo Bolsonaro. “As fraudes contábeis foram praticadas para encobrir o rombo gerado pelos desvios! Em outras palavras: a bonança na economia, com os peculatos contínuados (sic), fica prejudicada!”, seguiu a deputada.
O post foi na mesma hora respondido por centenas de leitores, entre eles o jornalista Fábio Pannunzio, que recentemente desligou-se da TV Bandeirantes e, em entrevista ao portal Brasil247, se disse arrependido de ter participado da armação midiática para derrubar a presidenta democraticamente eleita. “Janaína dizer isto é o mesmo que Busch admitir que mentiu sobre as armas químicas para justificar a guerra no Iraque. Ela é a patronesse do impeachment. Assim, somos obrigados a reconhecer que Dilma foi, sim, vítima de uma armação para derrubá-la. De um golpe clássico. A farsa acabou.”



A afirmação de que “as fraudes contábeis foram praticadas para encobrir o rombo gerado pelos desvios” também foi questionada por internautas. “A Sra. tem como comprovar isso para a Justiça? Então houve ‘rombo’ de verba federal? Por que então a PF, o MPF e o TCU não estão investigando. Qual o processo contra ela?. Ou será que houve remanejamento porque Cunha só votou o orçamento em maio de 2015, deixando Dilma sem dinheiro por 9 meses?”, questionou o blogueiro e ativista digital Stanley Burburinho.

O que foi observado aqui, foi que Dilma ficou sem dinheiro por meses por causa de Eduardo Cunha, observou o blogueiro, e nem a PF e nem o MPF e o TCU pode provar nada contra Dilma. Minha opinião. 

Janaína Paschoal foi uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, junto com  os juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo. A peça foi encomendada pelo PSDB, pela qual pagou à advogada R$ 45 mil. Seu desempenho no processo que levou à queda de Dilma levou-a a ser eleita deputada, nas eleições de 2018, com cerca de 2 milhões de votos – em processo eleitoral questionado pelo uso ilegal de disparos em massa de peças de campanha por WhatsApp..


Declaração de mais um que era contra Dilam e foi favorável ao impeachment e agora acredita na inocência de Dilma. 

 O jornalista Fábio Pannunzio, que defendeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, agora admite que ela foi mesmo vítima de um golpe clássico. O motivo: a confissão feita por Janaína Paschoal, parecerista contratada pelo PSDB, de que ela não caiu por "pedaladas fiscais". Confira o tweet de Pannunzio e também sua entrevista recente à TV 247:

Twitter de Fábio Pannunzio um dos grandes defensores do Impeachment de Dilma. 


''Janaína dizer isto é o mesmo que Bush admitir que mentiu s/ armas químicas para justificar a guerra ao Iraque. Ela é a patronesse do impeachment. Assim, somos obrigados a reconhecer que Dilma foi, sim, vítima de uma armação para derrubá-la. De um golpe clássico. A farsa acabou'' 


Gaspari também diz agora que Dilma foi vítima de armação e que Moro fez gol de mão para derrubá-la.

 Um dos poucos nomes bem mais influentes da imprensa conservadora, o jornalista Elio Gaspari agora usa a palavra "armação" para se referir ao grampo feito por Sergio Moro e sua equipe contra dois ex-presidentes – Lula e Dilma – e diz que ela foi derrubada por um gol de mão armado pela turma da Lava Jato. "No dia 16 de março de 2016, a República de Curitiba teve sua maior vitória. Como no gol de Maradona, a bola foi ajeitada com a mão ", diz ele 

 

 Pela primeira vez, ele usa a palavra "armação" e sinaliza que o time dos arrependidos pode estar crescendo. Confira a brilhante descrição dos acontecimentos feita por ele:

 

 No dia 29 de março de 2016, o juiz Sergio Moro pediu “escusas” ao Supremo Tribunal Federal (STF) por ter liberado a divulgação do áudio de um telefonema da presidente Dilma Rousseff a Lula. Os 95 segundos da conversa detonaram a nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil e deram mais um empurrão na derrubada do governo petista.

Moro escreveu o seguinte:

“Diante da controvérsia decorrente do levantamento do sigilo, compreendo que o entendimento então adotado possa ser considerado incorreto, ou mesmo sendo correto, possa ter trazido polêmicas e constrangimentos desnecessários. Jamais foi a intenção desse julgador provocar tais efeitos e, por eles, solicito desde logo respeitosas escusas a este Egrégio Supremo”.
Mensagens e grampos reunidos por uma equipe da Folha de S.Paulo e do Intercept Brasil mostraram que a única coisa verdadeira na carta de Moro era a data.
Moro e os procuradores quiseram, e conseguiram, criar a polêmica e constrangimento.

A armação, até  as 13h32m do dia 16

 

Aos fatos:
A pedido de Moro, os telefones usados por Lula estavam grampeados pela Polícia Federal (PF) desde o fim de fevereiro. No dia 15 de março, a equipe que ouvia as conversas concluiu um relatório com 42 transcrições. A última havia ocorrido às 19h17m do dia 14.
Desde o dia 9 o procurador Deltan Dallagnol sabia que Dilma havia oferecido a chefia da Casa Civil a Lula. A informação veio de um agente da PF e, às 19h25m, Deltan solicitou ao delegado Igor Romário de Paula que lhe conseguisse um CD com os grampos: “Estou sem nada para ouvir no carro rsrsrs”.
No dia seguinte, falando com o delegado, Deltan pediu para receber todo o conjunto que “pode ser importante para indicar riscos à segurança e a condução”. Era voz corrente que Lula poderia ser preso.
No dia 13, Moro alertou Dallagnol para a possibilidade de mudança de foro do processo de Lula caso ele virasse ministro. De fato, os grampos do dia seguinte informavam que Lula iria a Brasília para conversar com Dilma, precisando de “meia hora sozinho com ela”.
Às 7h45m do dia 16, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima perguntou qual a posição da Procuradoria-Geral com relação ao assunto que discutiria dali a pouco com Moro. Tratava-se de saber o que se faria com o relatório dos grampos. Carlos Fernando queria “abrir tudo”.
Ele sabia que Lula e Dilma estavam tomando café da manhã juntos e explicou: “Por isso a urgência”.
Às 11h12m, Sergio Moro oficiou à PF a suspensão da escuta dos telefones. Ali havia de tudo, da indecisão de Lula ao seu espanto com o tamanho da manifestação do dia 13, quando 3,6 milhões de pessoas foram para as ruas protestar contra o governo, e até assuntos familiares, como uma cadeira de rodas para seu irmão Vavá.
Até as 12h58m, Moro não havia decidido tirar o sigilo das 42 conversas transcritas pela Polícia Federal. Divulgadas, elas prejudicariam a manobra, mas não teriam um efeito letal. Eram menos escabrosas do que as gravações que o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado vinha fazendo clandestinamente ao conversar com Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney.

O telefonema de Dilma muda tudo

 

Às 13h32m, Dilma telefonou para Lula, avisando que o “Bessias”estava a caminho, levando o documento de sua nomeação para chefia da Casa Civil.
Doze minutos depois, o jogo mudou. Numa rapidez inédita, o agente federal Rodrigo Prado informou aos procuradores:
“Senhores: Dilma ligou para Lula avisando que enviou uma pessoa para entregar em mãos o termo de posse de Lula. Ela diz para ele ficar com esse termo de posse e só usar em ‘caso de necessidade’... Estão preocupados se vamos tentar prendê-lo antes de publicarem no Diário Oficial a nomeação do Lula”.
Às 13h46m, o Planalto divulgou a nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil.
Às 14h26m, o delegado Luciano Flores de Lima mandou que Prado transcrevesse a conversa de Dilma com Lula, “sem comentários”. Às 15h34m, o delegado narrou ao juiz Moro o conteúdo da conversa.
Às 16h21m, Moro levantou o sigilo de todos os telefonemas, inclusive daqueles que ocorreram depois do seu despacho suspendendo a escuta.
Às 17h21m, Moro disse a Deltan que havia levantado o sigilo mas que “aqui não vou abrir a ninguém”. Minutos depois, mandou uma mensagem urgente ao procurador, mas seu conteúdo não é conhecido.

“O mundo caiu”

 

Às 18h40m, ao vivo e a cores, o diálogo de Dilma com Lula foi ao ar e o procurador Carlos Fernando registrou: “Tá na GloboNews”.
Deltan comentou: “Ótimo dia. Rs”.
O procurador Athayde Costa arrematou: “O mundo caiu”.
Caiu, mas todos sabiam o que haviam feito.
O procurador-geral Rodrigo Janot estava na Suíça e seu chefe de gabinete, Eduardo Pelella, perguntou: “Vocês sabiam do áudio da Dilma? (...) A gente não falou sobre isso”(19h17m).
Minutos antes, Deltan dissera que “por cautela, falei com Pelella e deu ok”. Esquisito, porque ao saber que o grampo de Dilma com Lula não estava no relatório da PF, Pelella espantou-se:
“Não estão nos relatórios? Caralho!!!” (19h23m).
A partir das 21h, os procuradores de Curitiba temem pelo que pode acontecer. O procurador Orlando Martello, que se surpreendeu com a divulgação dos áudios, avisa:
“Estou preocupado com o Moro! (...) Vai sobrar representação contra ele”.
Carlos Fernando concorda: “Vai, sim. E contra nós. Sabíamos disso”.
A procuradora Laura Tessler entra na conversa: “A população está do nosso lado, qualquer tentativa de intimidação irá se voltar contra eles”.
Martello propõe: “Se acontecer algo com Moro, renúncia coletiva MP, PF, RF”. (Ministério Público, Polícia Federal, Receita Federal).
Carlos Fernando gostou da ideia:
“Por mim, ok. Adoro renunciar... Rsrsrs”.
Nessa troca de mensagens que foi das 21h às 23h, os procuradores Andrey Borges de Mendonça e Antonio Carlos Welter levantaram dúvidas quanto à legalidade da divulgação do grampo de Dilma com Lula. Seis outros acompanharam a tese de Carlos Fernando para quem discutia-se uma filigrana, prontificando-se a renunciar, indo à televisão para denunciar o governo.
Não foram necessárias renúncias coletivas nem entrevistas agressivas. A manobra teve o apoio da opinião pública, o ministro Gilmar Mendes cassou a posse de Lula e seis meses depois Dilma Rousseff foi deposta pelo Congresso.
No dia 16 de março de 2016, a República de Curitiba teve sua maior vitória. Como no gol de Maradona, a bola foi ajeitada com a mão (“de Deus”, como ele disse).
Cinco dias depois, trocando mensagens com Deltan, Sergio Moro resumiu sua conduta:
“Não me arrependo do levantamento do sigilo. Era a melhor decisão”.
Era?